17.2.07

 
CARNAVALESCO
Já fui índio, pirata, caveira
palhaço no basquete
corcunda na bateria
Boneco-de-Olinda
folião sem eira no Beira
Carrapato no Pacotão
surdo na Dular
frevista sem sombrinha
funcionário fantasma
camisa 10 da seleção
Esse ano, vou de cuíca,
incompreendido instrumento
Sem fantasia, desmascarado
travestido de mim mesmo
carro alegórico desgovernado
Que venha a apoteose
na overdose de gentes
meu bloco, na rua
contramão da razão
na fala ligeira de tamborins
No baile que invento,
não tem solidão de entrequadras
cerveja, anda ao lado
e baquetas procuram nas peles
até acharem o bronzeado do Samba
O to-ca-dor quer beber!
Eric Germano - 16.02.2007

Comments:
E esse carnaval não acaba mais não?... Quero te ler das festas que vêm! :o)
 
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