13.4.06

 
Tarde na 406 Norte

Saxofone chora na kitnete
Manchetes esquecidas varrem o asfalto
Senhor de terno vai sem rumo
Mulher repara a vida na janelavaral
Bêbado vira semáforo
Tudo pára.

Pneu arranca o fim da tarde
Ah, universitárias...
A alegria passageira na vã escolar
Dois quiques na bola de basquete
Amizade atravessa a rua
Eu paro.

No Sebo iluminado,
letras pretas esperam alforria
Espero...
Até que um visitante
Pegue o livro da minha vida
Livro-lápide onde jazem os tipos:
“Vivi, mas não tenho nada a dizer”
E, só.

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