14.12.04

 
AXIOMA

Pra que toda pressa?
pra que toda posse?
punhal que atravessa
corpo que se contorce

Parem toda a festa!
Ainda que não goste.
O gole que te resta,
e a luz no frio poste

Sua vida, desgaste
piromágica disfarça
caravelas, contraste
entre ego e farsa

Os mortos, enterre
esqueça os em coma
na vida, não erre
o elementar axioma:

Veja, viva, ame, coma!
e deixe-os ir, terminais
quando amanhecer...

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