9.12.02

 

DA CHUVA

Chovia forte,
e os pingos insistiam
em atravessar vidros
percurtindo,
lavando
respingando,
escorrendo
E eu, seco
olhando pela vidraça
do expediente.

Chovia forte,
quase inundação,
e os carros
se espremendo
escorregando,
lentos
nos trilhos
de asfalto
E eu, seco
nem via a má-sorte
dos indigentes

Chovia forte,
larguei o serviço
ao meio, o carro
num qualquer
meio-fio
Corri para o meio
da multidão
ensopada
E, eu seco
por um beijo que
lavasse minha alma
inconseqüente...

Eric Germano - 9-12-2002

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