17.12.04
Pós-fora
Só, posso ir...
Só posso ir!
Posso ir, só!
Ir só, posso?
Só? Posso ir?
Só ir... posso!
Posso.
Ir,
Ir,
Ir,
Só...
Só, posso ir...
Só posso ir!
Posso ir, só!
Ir só, posso?
Só? Posso ir?
Só ir... posso!
Posso.
Ir,
Ir,
Ir,
Só...
14.12.04
AXIOMA
Pra que toda pressa?
pra que toda posse?
punhal que atravessa
corpo que se contorce
Parem toda a festa!
Ainda que não goste.
O gole que te resta,
e a luz no frio poste
Sua vida, desgaste
piromágica disfarça
caravelas, contraste
entre ego e farsa
Os mortos, enterre
esqueça os em coma
na vida, não erre
o elementar axioma:
Veja, viva, ame, coma!
e deixe-os ir, terminais
quando amanhecer...
Pra que toda pressa?
pra que toda posse?
punhal que atravessa
corpo que se contorce
Parem toda a festa!
Ainda que não goste.
O gole que te resta,
e a luz no frio poste
Sua vida, desgaste
piromágica disfarça
caravelas, contraste
entre ego e farsa
Os mortos, enterre
esqueça os em coma
na vida, não erre
o elementar axioma:
Veja, viva, ame, coma!
e deixe-os ir, terminais
quando amanhecer...
1.12.04
Robô de Marte... em Vênus
Perfeito engenho, robótico poema
de alto quiláctea, prima-obra
sussurro luminoso de super nova
estelar mapa, galáctico esquema
Venusiana, tens várias luas
vários humores, difusas marés
brilhas em anéis o que tu és
pouso a nave-mão nas costas nuas
Sou robô de marte, programado:
colher pedras, digitalizar fotografia
redescobrir um fato consumado
Aterrisei em ti, Vênus, na ousadia
de te explorar, e acabei queimado
na tua alva pele que ardia...
Perfeito engenho, robótico poema
de alto quiláctea, prima-obra
sussurro luminoso de super nova
estelar mapa, galáctico esquema
Venusiana, tens várias luas
vários humores, difusas marés
brilhas em anéis o que tu és
pouso a nave-mão nas costas nuas
Sou robô de marte, programado:
colher pedras, digitalizar fotografia
redescobrir um fato consumado
Aterrisei em ti, Vênus, na ousadia
de te explorar, e acabei queimado
na tua alva pele que ardia...